Esta semana trazemos a entrevista à Alma Rural, empresa de eventos sediada em Caminha que se tornou recentemente associada da AEVC.
Quando surgiu a Alma Rural?
A Alma Rural, como empresa, foi criada em Julho 2016, mas a verdade é que a ideia surgiu um ano antes, quando ainda estava a morar em Lisboa e sentia uma necessidade enorme de regressar às origens. E não me refiro apenas à terra onde nasci, refiro-me a um estilo de vida, à tranquilidade dos dias, ao ambiente mais natural e ao ar livre.
A “mentora” deste projeto é, mesmo, da área de Caminha?
Sim, nasci e cresci em Caminha. Morei aqui até aos 17 anos, quando fui estudar jornalismo para o Porto. Vivi 12 anos em Lisboa e voltava sempre nas férias e aos fins-de-semana. Sempre dizia que um dia ia voltar e, de facto, a mudança aconteceu em 2015, 20 anos depois de ter saído de Caminha. Regressei com o marido e duas filhas e cheia de ideias para concretizar.
O que os motivou a criar uma empresa de eventos, com este tipo de filosofia, em Caminha?
Em primeiro lugar porque tenho aqui uma rede social, de familiares e amigos, muito importante para dar forma às ideias e ter alguma estabilidade emocional. Depois porque percebi que, nesta zona, não havia uma resposta profissional e criativa para a organização e decoração de eventos ou para a produção audiovisual, com autenticidade, que valorizasse o nosso património e a nossa cultura. Esta região, o Alto Minho, tem um potencial enorme que devemos usufruir, captar e partilhar. Nós queremos fazer isso, através da Alma Rural e das actividade que desenvolvemos, sejam um evento, uma festa, um jantar ou um vídeo.
Qual o conceito do negócio? E que tipo de características tem? Que tipo de serviços tem para oferecer?
Tanto na organização e decoração de eventos, como na produção audiovisual, o conceito da Alma Rural é criar, captar e partilhar momentos únicos. A verdade é que procuramos proporcionar uma experiência diferente ou ter um produto diferenciador, e fazemos isso valorizando também a região, os ícones, a história, a cultura, o património. Em tudo o que fazemos queremos contar alguma história que faça parte do que somos. Não é por acaso que o Jantar Rural, um dos “produtos” que criámos procura remeter os participantes para uma experiência que vai muito além da gastronomia. Ou que a decoração que fazemos nos eventos – sejam casamentos, workshops ou eventos corporativos – procura utilizar elementos rurais, regionais, que façam parte da nossa identidade.
Na organização de eventos corporativos procuramos, por exemplo, temas, locais, ambientes ou conceitos que nos permitam tirar partido dessa identidade, criar conteúdo, partilhar histórias, em vez de fazer as coisas de forma vazia ou superficial.
Nos vídeos que produzimos, desde a ideia do guião, até à pós-produção, procuramos comunicar com autenticidade, com emoção e com alma, porque achamos que só assim podemos ajudar as empresas a promoverem o seu negócio ou o seu projeto.
Quais as expetativas enquanto empresário, para este negócio, nesta zona?
Procuramos mostrar aos clientes que os serviços que prestamos são úteis e necessários e, sobretudo, que a Alma Rural pode ajudar a criar algo num estilo diferenciador, que se enquadra na região e tira partido dela. “Pensar global, agir local” é um lema que está muito presente na nossa actividade. Apesar das limitações do mercado, temos crescido e isso também nos dá confiança para continuar a trabalhar.
Quais as expectativas de se ter tornado sócio da AEVC?
A AEVC é uma instituição que oferece vários benefícios aos associados, mas efetivamente o maior benefício para a Alma Rural é a integração no tecido empresarial e a possibilidade de conhecer as empresas da região. A expectativa é poder oferecer serviços de eventos e audiovisual que as outras empresas associadas necessitem.