O presidente da AEVC – Associação Empresarial de Viana do Castelo e da CEVAL – Confederação Empresarial do Alto Minho, Eng.º Luís Ceia, reagiu na passada sexta-feira, dia 20 de novembro, em entrevista ao Jornal Vida Económica, à forma como tem sido executado o Programa Portugal 2020.
Segundo a Vida Económica, as quase 12 mil candidaturas apresentadas até ao momento ao Portugal 2020 representam apenas 3,7% do total de cerca de 320 mil das empresas em atividade. Ou seja, mais de 96% das empresas ainda não concorreram aos incentivos do Portugal 2020.
Esta realidade levou o presidente da AEVC e CEVAL a reagir, tomada de posição que passamos a expor:
Incumprimento dos prazos conduz ao desinteresse
“O ritmo de execução do Portugal 2020 está longe de ser satisfatório face às espectativas criadas” – afirmou Luis Ceia à “Vida Económica”. O presidente do CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho recorda que o Portugal 2020 foi anunciado como sendo um programa previsível em termos de abertura de concursos, prazos de aprovação e execução, inclusivamente que haveria penalizações para os órgãos de gestão que não cumprissem os prazos preestabelecidos. “Essa é uma condição fundamental para a planificação das estratégias das empresas. Todos sabemos o efeito dominó que o não cumprimento de prazos induz. A tão falada competitividade começa por sermos rigorosos nos acordos estabelecidos. Este incumprimento pode conduzir ao desinteresse das empresas e prejudicar a sua adesão aos instrumentos que lhes são dirigidos” – diz Luis Ceia. Em sua opinião, o associativismo, com a sua enorme rede de balcões, leia-se associações empresariais, poderia e deveria ser chamado ao processo, funcionando como delegações locais de apoio efetivo ao programa 2020.