Dia 16 de Abril de 2021 – 15:30 às 17:30
A dimensão cultural da Lusofonia, é também um factor de relevância económica. A Lusofonia corresponde a uma área cultural cheia de possibilidades, potencialidades e solidariedades que decorrem da partilha da mesma língua, dos Oceanos bem como da miscigenação de memória e tradições cujo desafio de articulação da capacidade de sonhar, de acreditar e de envolvimento ainda tem um longo caminho a percorrer mas que tem tudo para ser um sucesso na criação de Desenvolvimento Sustentável e melhoria das condições de vida, de todas as suas populações. A cultura é uma fonte de valor, em particular de valor económico o que será fundamental para o crescimento e para a criação de emprego.
O desenvolvimento da Dimensão económica da Lusofonia é fundamental tendo como desígnio global o reforço dos laços de solidariedade e cooperação para conjuntamente, criar melhores condições de vida. Mais não devemos perder de vista que o “Espaço Lusófono” representa um apetecível mercado de milhões de consumidores, bem como a porta de entrada noutros mercados e culturas. O potencial desta presença da Lusofonia, ambicionando reflectir uma dimensão económica presencial é imenso desde os espaços de integração regional que envolvem Países Lusófonos e os ganhos que daí poderão adevir em diferentes uniões/espaços como por exemplo alguns blocos regionais em Africa e América do Sul. Pelo que mais do que nunca é fundamental a passagem de um simples conceito histórico cultural para um efectivo vector portador de futuro.
O Mar é uma oportunidade para os Países Lusófonos e é um grande recurso estratégico, o desenvolvimento económico por via da protecção das riquezas naturais, conferindo um ensejo para a indústria das pescas, transporte marítimo, indústria naval, turismo, energias renováveis, etc. Os oceanos sempre foram parte importante do intercâmbio de culturas, pessoas e bens entre Países. As áreas marítimas sob jurisdição de cada País Lusófono são tão vastas que representam um factor estratégico determinante para o seu futuro, pelo que urge que se trabalhe em conjunto.
Além dos mares há diversas áreas preferenciais de interesse, como por exemplo: Agricultura, produtos alimentares, bebidas (alcoólicas e não alcoólicas), construção, materiais de construção, metalomecânica, máquinas e equipamentos, energias renováveis, novas tecnologias, etc.
Em suma a Lusofonia pode e deve ser uma linha condutora de negócios, pois é uma força económica e geopolítica. É um ecossistema que partilha uma língua comum e uma cultura próxima com cerca de 250 milhões de consumidores.